quarta-feira, 31 de março de 2010

Na prisão de Filipos

Certo dia, quando íamos caminhando para o lugar de oração, veio ao nosso encontro uma escrava. Essa moça estava dominada por um espírito mau que adivinhava o futuro, e os seus donos ganhavam muito dinheiro com as adivinhações dela. A moça ia caminhando atrás de Paulo e de nós, gritando:
-Estes homens são servos do Deus Altíssimo! Eles anunciam como vocês podem se salvar.
Ela fez isso durante muitos dias. Então Paulo ficou aborrecido, virou-se para ela e ordenou ao espírito:
-Em nome de Jesus Cristo, mando que você saia desta moça!
E, no mesmo instante, o espírito saiu. Quando os donos da moça viram que não podiam mais ganhar dinheiro com as adivinhações dela, agarraram Paulo e Silas e os arrastaram à praça pública, diante das autoridades. Eles os levaram aos oficiais romanos e disseram:
-Estes homens são judeus e estão provocando desordem na nossa cidade. Estão ensinando costumes que são contra a nossa lei. Nós somos romanos e não podemos aceitar esses costumes.
Aí a multidão se ajuntou para atacar Paulo e Silas. Os oficiais rasgaram as roupas deles e mandaram surrá-los com varas. Bateram muito neles e em seguida jogaram os dois na cadeia, dando ordem ao carcereiro para guardá-los com toda a segurança. Depois de receber essa ordem, o carcereiro os levou para o fundo da cadeia e prendeu os pés deles entre dois pedaços de madeira muito pesados.
Mais ou menos a meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos estavam escutando. De  repente o chão tremeu tanto, que abalou os alicerces da cadeia. Naquele instante todas as portas se abriram, e as correntes que prendiam os presos se arrebentaram. Aí o carcereiro acordou. Quando viu que as portas da cadeia estavam abertas, pensou que os prisioneiros tinham fugido. Então puxou a espada e ia se matar, mas Paulo gritou bem alto:
-Não faça isso! Todos nós estamos aqui!
Aí o carcereiro pediu uma luz, entrou depressa e se ajoelhou, tremendo, aos pés de Paulo e Silas. Depois levou os dois para fora e perguntou:
-Senhores, o que devo fazer para me salvar?
Eles responderam:
-Creia no Senhor Jesus e você será salvo - você e a sua família.
Então eles anunciaram a mensagem de Deus ao cacereiro e a todos da casa dele.
Naquela mesma hora da noite, o carcereiro começou a cuidar deles, lavando os ferimentos das chicotadas. Logo depois ele e toda a sua família foram batizados. Em seguida levou Paulo e Silas para a sua casa e lhes deu comida. O carcereiro e a família ficaram muito contentes porque agora criam em Deus.
                                                            Atos ( 16.16-34 )
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E ainda há alguém que duvide do poder da fé? Paulo foi um dos perseguidores da Igreja, mas ao ser convidado por Jesus Cristo para seguir aos propósitos do Deus Verdadeiro, não pensou duas vezes. Abraçando a causa com responsabilidade, passou toda a sua vida a pregar o amor e misericórdia daquele que deu seu próprio filho em favor da humanidade. Foi surrado, injustiçado, aprisionado e humilhado, mas nem por tais razões, deixou de seguir os Ensinamentos Sagrados. Creio que ninguém persistiria por esses caminhos, se neles não houvesse verdade. Não acredito que um ser passaria por tudo o que Paulo passou, somente por teimosia ou honra ao mérito. Seria cruel da minha parte, duvidar de um homem tão cheio de amor, e que tanto inspirou a Igreja, mesmo de dentro das cadeias as quais foi submetido. De dentro da cadeia, ele escrevia grandes cartas, incentivando os cristãos a continuarem firmes na fé, pedia também que insistissem na evangelização, na esperança de um número maior para o rebanho de Jesus. Ninguém jamais vestiria a camisa dessa forma se não fosse por uma grande causa. Naqueles tempos as autoridades eram rudes, portanto não havia, ninguém louco ao ponto, de brincar de ser cristão. Acordemos, queridos amigos! Tivemos o privilégio de viver em tempos mais amenos e nos deram a preciosa liberdade de expressão. Façamos alguma coisa para transformar os corações endurecidos! Tomemos coragem, para lutar pelo crescimento espiritual dos que estão cegos pelos valores materiais! Façamos valer a pena, a luta sangrenta, e muitas vezes desumana, dos primeiros servos de Deus!

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